[The GrandFounder #95] Na prática, a teoria é outra
Falar com clientes é a melhor forma de definir os passos do nosso dia a dia, BNDES injetando capital em startups, o novo fundo da Latitud, e mais: EQI, Nuvini, BTG + Órama, e os aportes da semana.
Olá founders!
Para te instigar a deixar a teoria um pouco de lado e olhar para a vida real, no texto de Vida de Founder de hoje eu vou abrir minha visão sobre a importância de construirmos nossas startups de fora para dentro, ou seja, do contato com os clientes para as decisões sobre o que fazer, como fazer e por que fazer.
Eu sei que você já ouviu muito sobre MVP, protótipos e fórmulas de lançamento. Mas será mesmo que estamos criando negócios que fazem a diferença na vida das pessoas? Vale sempre a reflexão…
E também: os seis fundos que terão o BNDES como sócio, o novo fundo da Latitud para startups Latam, os planos audaciosos da EQI, a estreia da Nuvini na Nasdaq, a aquisição de “meio bi” do BTG e os aportes da Vport, Maguen, Kovver, Purple Metrics e Brota.
A prática (quase sempre) desafia a teoria
— 🎩 Um conteúdo da minha série autoral sobre a Vida de Founder - do ZERO ao EXIT.
A teoria é linda, principalmente quando olhamos para as inúmeras fórmulas de sucesso que andam ventilando por aí. É só fazer isso, mais aquilo, lançar seu produto e pronto. Ficamos tentados a acreditar que é assim que as grandes realizações são feitas. Afinal, acreditamos tanto naquilo que idealizamos, que evitamos procurar por objeções.
Na prática, o mundo é mais complexo do que imaginamos. E é por isso que é tão importante conversar com pessoas que podem se tornar clientes para validar nossas ideias de negócio.
Para mim, uma boa validação resulta na primeira safra de clientes. Aqueles 3, 5 ou 10 primeiros clientes que topam usar (e pagar) nosso produto para resolver seus problemas. Clientes de verdade, pagando de verdade, sinalizam que há um produto resolvendo um problema de verdade.
Porém, tem algo que chama a atenção. Muitos founders relutam a buscar opiniões sinceras sobre suas ideias de startup, quando ainda não têm nada para mostrar. É justamente neste momento que ouvir o que não se quer faz toda a diferença.
Não pense que você é diferente… É desconfortante demais ouvir que você está errado, que sua ideia não é tão boa assim, que não faz grande diferença na vida das pessoas. Por isso que evitamos fazer certas perguntas, com receio de ouvir algo negativo.
A real é que, se estivermos errados, cedo ou tarde, vamos ficar sabendo. Que seja o mais breve possível. Uma simples apresentação de slides e uma dezena de conversas com o público-alvo é mais simples (e mais barato) do que qualquer protótipo, que por sua vez ainda é mais barato do que aquela versão inicial (lindona e quase perfeita) que muita gente faz para testar o mercado.
Gosto de pensar que todos os problemas estão resolvidos de alguma forma. Sim, para todas as coisas que não tem um remédio melhor, remediado está.
Da mesma forma, eu acredito que sempre existe um jeito melhor, ou mais simples, ou mais barato, ou mais eficiente de fazer as coisas.
É na junção desses dois pontos de vista que o empreendedor entra no jogo.
Empreendedores enxergam as coisas diferentes no futuro, tomam risco, lideram no presente para fazer as coisas acontecerem e vão transformando o sonho em realidade durante a jornada.
Jamais teremos todas as respostas no início. Conversar com o público é uma parte essencial do processo de desenvolvimento de qualquer startup. É a melhor maneira de garantir que você está construindo algo que as pessoas realmente querem, precisam e que fará a diferença na vida delas.
Não tenha medo, nem vergonha de se expor. Como disse o grande Bernardinho: aos campeões, o desconforto.
🏛️ EQI, que recentemente se tornou a primeira assessoria de investimentos a receber a licença de corretora light, e bem amigos… tem o Galvão Bueno como garoto propaganda, anuncia seus planos para chegar aos R$ 50 bilhões sob custódia até o fim de 2024. Uma trajetória inspiradora!
🌎 Latitud anunciou o novo fundo de US$ 25 milhões, durante o seu evento Vamos Latam Summit, para investir em startups latino-americanas em estágio pré-seed. O objetivo é aportar em 50 startups nos próximos três anos. Por falar no evento, estive por lá e achei nota 10. VAMOS LATAM 👊🏼
🇧🇷 BNDES vai investir até R$ 638,5 milhões em seis fundos de investimento de startups. Após a chamada pública, foram selecionados fundos das gestoras: KPTL, Cedro Capital, Patagônia Capital, Antler, Astella, Noon Capital, Good Karma e DNA Capital.
📖 Vale a pena conferir a curadoria de insights do meu livro (O QUE TE IMPEDE?), elaborada pela Ana Paula Dahlke, fundadora dos portais Economia SC e Economia SP. Gostei demais do formato e do que ela destacou.
Aportes, fusões e aquisições
🏢 Vport e Maguen, especialistas em portaria virtual condominial se fundem e recebem aporte de até R$ 9 milhões da RBS Ventures, braço de venture captial do Grupo RBS. Os recursos serão em dinheiro e mídia.
📈 Nuvini, holding brasileira de empresas SaaS, estreou na Nasdaq na segunda (02). A listagem veio depois de fundir-se com o SPAC Mercato Partners. É um passo relevante na jornada da companhia brasileira, que agora passa a ter acesso a mais recursos para seguir sua estratégia de aquisições. Desejo ainda mais sucesso aos amigos da Nuvini!
🏦 BTG Pactual adquire a Órama, uma das principais casas independentes de investimentos do Brasil, por R$ 500 milhões. A adquirida tem aproximadamente R$ 18 bilhões em ativos sob custódia e atende a mais de 360 mil clientes.
🎧 Kovver, rede social de música que permite que o usuário toque e cante junto com a banda, recebeu seu primeiro aporte, no valor de R$ 1,5 milhão, liderado pela EPTV e participação da Raketo. A ideia é seguir expandindo a base de mais 500 mil usuários em 119 países.
📊 Purple Metrics, martech que ajuda marcas a mensurar suas ações e presença no mercado, recebeu aporte de US$ 1,2 milhão, liderado pela Astella juntamente com 040 Ventures e Raio Capital.
🪴 Brota, startup de hortas residenciais, fechou rodada bridge de R$ 1 milhão via equity crowdfunding com o intuito de duplicar seu faturamento, que saiu de R$ 1,8 milhão em 2021 para R$ 4 milhões em 2022.
Por hoje é isso, obrigado por acompanhar mais uma edição de The GrandFounder.
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Abração!
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