Tenha foco e confie no segredo de saber usar o não
Tenha foco e confie no segredo de saber usar o não
Estamos na edição nº 46 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
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Nas lições atuais da série tenho compartilhado aprendizados e ensinamentos sobre #gestão, para quem segura a responsabilidade de conduzir um negócio e vive a realidade de tomar decisões diante de todo tipo de desafio sem poder jogar a toalha.
Vem comigo… 👋🏻
Se você sente uma angústia todas as vezes que precisa definir quais são as prioridades para o momento (e o que fica para depois), saiba que você não está sozinho nesse dilema.
Você é como a maioria das pessoas.
Grande parte dos empreendedores são movidos pelo instinto de querer fazer mais e mais e não dormem em paz com a insegurança da incerteza se os projetos em curso serão suficientes para chegar aos resultados desejados.
Junto disso acumula-se o sentimento de que sempre há espaço para abraçar novas ideias, negócios e projetos, com o receio de ficar para trás no mercado.
Eu também me incluo nesse perfil…
Mas entenda, essa é uma baita armadilha!
Fugir dela é essencial, pois nossa capacidade é limitada, ou por falta de tempo, ou por falta de outros recursos.
Fazer algo bem feito é desafiador. Imagine querer fazer várias coisas bem feitas, ao mesmo tempo.
Por isso, precisamos de foco. E foco só é possível dizendo não para um monte de ideias, incluindo algumas daquelas que pareçam super interessantes.
É um exercício de disciplina. Caso contrário, corremos o risco de assumir o rótulo de eternos sonhadores, típicos iniciadores de projetos, aqueles que não concluem suas empreitadas e não entregam resultados concretos.
Semanas atrás, durante uma sessão de mentoria eu ajudava alguns empreendedores com a decisão de descontinuar um projeto que não alçou voo.
Dentre os argumentos que eles me apresentavam estavam questões como a grana já investida no projeto, a crença de que era algo válido para o público e que talvez um tempo a mais faria os resultados aparecerem.
Não adianta! Como seres humanos, tendemos a caçar algum pensamento racional para justificar aquela voz da emoção que fala lá no fundo da mente.
Em virtude disso que acabei de colocar, ter alguém “mais neutro” para ajudar na tomada de decisões importantes (como essa aí, do caso acima) é extremamente valioso.
Um projeto que exige um investimento considerável, equipe dedicada para desenvolver e vender, que já tem mais de 2 anos de histórico e pouquíssimo resultado a ponto de chamar atenção daquele time de executivos tem evidências claras de que se trata de algo que não está sendo vital para o negócio.
Então, por que adiar a decisão de descontinuá-lo?
Simplesmente porque não gostamos de dizer não. Ainda mais quando isso significa contabilizar um fracasso. Pior ainda, quando ficamos com receio de desagradar uma meia dúzia de pessoas.
Mas saber usar o “não” é uma das coisas mais libertadoras da vida. Saber o que não vai fazer é tão importante quanto o oposto.
E mais, ideias boas pulam alto na sua frente.
Ideias boas não permitem ser ignoradas.
Novas ideias (as boas) somente podem ser abraçadas se você tiver com as mãos e com a mente livre. Portanto, saber manter o foco é sua principal ferramenta, empreendedor.
Abrace as ideias que cabem no seu momento, as ideias que geram resultados AGORA. Ideias que precisam de dedicação AGORA. O que não couber, registre numa lista para ALGUM DIA e liberte-se do sentimento de que está perdendo algo.
Talvez até esteja, mas entenda que nem tudo caberá na sua capacidade de execução.
Não queira agradar a todos, assuma que você terá que dizer não para muitas ideias ao longo da sua vida.
E confie em mim quando digo que ideias boas pulam alto na sua frente… você percebe quando está diante de algo que é de fato importante a ponto de não ser ignorado. Experiência própria!
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