A cultura da empresa comanda nas horas difíceis
Estamos na edição nº 23 da série Do ZERO ao EXIT em 100 lições – A saga de empreender uma startup do nascimento à venda, através da qual eu compartilho em 100 artigos as lições aprendidas vivenciando os desafios da minha jornada empreendedora na Hiper, do zero ao exit.
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Nas lições atuais estou compartilhando minhas experiências e aprendizados sobre temas relacionados à cultura organizacional. Sou apaixonado pelo assunto!
Vem comigo… 👋🏻
O ano de 2020 tinha tudo para ser um ano de muitas conquistas, de uma nova fase para o Brasil.
Era para ser o ano da retomada da economia após uma das maiores crises que o nosso país havia enfrentado.
Os ventos sopravam otimismo. Isto para mim, para a Hiper e para grande parte dos empreendedores.
Havia muita expectativa, dá até gosto de recordar.
O que ninguém cogitava é que um inimigo invisível chegaria sem avisar. De repente, começamos a lidar com uma situação que ninguém esperava.
Uma pandemia, que havia chegado até nós e se alastrava Brasil afora fez com que nos isolássemos socialmente, empresas de portas fechadas e mudanças drásticas na rotina das pessoas.
Sem muita margem para escolhas, tivemos que nos adaptar e seguir vivendo a vida.
Isto tudo, sem querer entrar na tensão que os riscos à saúde e as consequências na economia estavam causando.
Situações como esta fazem com que repensemos o jeito de fazer as coisas.
Se tem algum lado bom de toda essa confusão que vivemos, é que descobrimos que dá para fazer as coisas de outra forma e… pode ser melhor, inclusive.
Eis que tivemos que experimentar o home office, virando a chave para 100% do nosso pessoal, que passou a trabalhar de casa. Inicialmente, o plano era fazer isso de forma emergencial… e ficou pra sempre (mas isto é pauta para outro momento).
Logo de cara, observamos quão valioso foi o fato de termos construído uma cultura forte na empresa, pois tivemos que mudar repentinamente a maneira de trabalhar, fazendo todas as nossas atividades à distância.
Foi um teste de fogo para a cultura da Hiper. Como será que as pessoas se comportariam sem o chefe por perto?
Adaptamos os processos e encontramos um jeito para as vendas seguirem acontecendo (e olha que vender naquele cenário de tantas incertezas não foi moleza). Mas, incorporamos uma pegada de jogar no ataque. Não tínhamos muito mais o que fazer!
Lançamos novas funcionalidades nos nossos produtos (varejo digital como prioridade, já que as lojas físicas estavam super impactadas), mudamos a maneira de atrair clientes para os times comerciais e inúmeras outras ações em todas as áreas.
Batemos muitas metas, mesmo no olho do furacão.
Enfim, saímos de pé do outro lado.
Que fase dura!
Eu concluo que tudo o que foi feito, a mudança de rumo e a reinvenção veio do fato de estarmos todos movidos por um único e grande objetivo: superar aquele grave momento sem ver o negócio desmoronar.
Num contexto onde a cultura é verdadeira e tem força o reflexo é esse: todo mundo pega junto, faz com dedicação e disciplina. Os resultados vêm.
O combustível é gente. Gente boa, gente alinhada.
Nestas horas, quem está “mais ou menos” firme com você acha seus motivos para abandonar o barco. Faz parte! Dói um pouco, mas serve de detox…
Lembro das ocasiões onde a minha mensagem para o time resultava em um simples e sincero pedido para continuarem firmes, seguirem conosco, pois estava sendo feito o máximo possível.
No meu íntimo, havia muito medo, insegurança, incertezas… enfim, ninguém é de ferro!
Mas, o brilho nos olhos tinha que refletir que estávamos no caminho certo. Pois você concorre com os pessimistas, cujo discurso tem um pano de fundo perfeito, afinal tem uma série de coisas falhando, problemas surgindo… Prato cheio para atraírem plateia!
Sobre os pessimistas, nem vale filosofar muito.
Identifique-os e convide-os a partir!
Eles não merecem aplaudir e comemorar quando as conquistas começarem a aparecer. É fácil torcer pro time que está ganhando, todos querem ser do time dos vencedores. Porém, fique com as pessoas fieis.
E fidelidade vai muito além de participar da “ola com a torcida” quando está tudo lindo!
Na prática, a cultura aparece nas horas onde a coisa aperta, quando o comprometimento é fundamental, algo que só se consegue com gente boa, alinhada, com sangue nos olhos.
Acredite no poder de pessoas que vestem a camisa e jogam com raça, mesmo que não sejam as mais geniais. Quem está alinhado com os valores da empresa se dedica por completo para encarar o que for preciso, independente do tamanho das dificuldades.
A cultura, definitivamente, comanda nas horas difíceis.
É quando se vê o poder das pessoas que perseveram e não desistem, mesmo diante dos fracassos.
O lugar mais alto do pódio foi feito para quem encara, persiste e dá seu melhor!
PS: se você faz/fez parte do time da Hiper nessa época, mais uma vez muitíssimo obrigado, de coração! Você foi fundamental para a história seguir sendo escrita. 💜
📷 Foto Sander Sammy on Unsplash
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